Origens

Já na literatura da Grécia clássica, especialmente em Homero, encontramos referências ao preparo e consumo de queijos.

Na península Itália, os habitantes do sul do país consomem queijos de leite de búfala, denominados Mussarella, deste os tempos da Roma antiga. Os romanos desenvolveram também, uma maneira de prolongar o tempo de vida de seus queijos duros, através do processo de câmera de defumação, nos tipos Provolone e Caciocavallo.

Os aprimoramentos foram se sucedendo, e, no primeiro século da nossa era, surge o queijo prensado, Formaticus ou queijo em fôrma.

O queijo em Francês e Italiano, Fromage e Formaggio, orientou-se dessa maneira.

Na idade Média, os mosteiros e as abadias preservaram o conhecimento desenvolvido pelos romanos e, paralelamente, aprimoraram e desenvolveram outros tipos, como, por exemplo, o Port-Salut nome de uma abadia francesa. Dessa época datam as primeiras menções de um Curioso Queijo Azulado, o Roquefort, feito de leite de ovelha, muito apreciado pelo imperador Carlos Magno. Por toda a Europa foram sendo diferenciados os processos de fabricação, maturação e utilização de ingredientes especiais, o que deu origem a uma gama enorme de queijos, os quais acabaram-se tornado genuínos símbolos de identidade nacional, como por, exemplo:

França: Roquefort, Brie, Camembert, Port-Salut, Chévre.

Itália: Gongonzola, Ricota, Provolone, Muzzarella, Parmesão.

Suíça: Emmental, Gruyére.

Holanda: Gouda, Edam.

Portugal: Èvora, Serra da Estrela.

Alguns queijos chegaram até entrar para história, como é o caso do Brie: Surgindo na abadia de Jonavre, na França, participou da batalha dos queijos. Durante o Congresso de Viena, o diplomata francês Talleyrand desafiou o príncipe austríaco Mattetnich a um verdadeiro duelo, no qual seria o vendedor quem apresentasse o queijo mais saboroso. Ao final, Metternich admitiu que, dentre 60 tipos de queijo apresentados, o Brie francês era o ganhador, e a partir desta data ele ganhou o título de Rei dos Queijos.

Queijo no Brasil

Logo no inicio da colonização portuguesa, parte do leite produzido pelos primeiros animais trazidos de Portugal já era utilizados na confecção de queijos frescos, idênticos ao da Serra da Estrela em Portugal. Na metade do século XVIII, durante a corrida do ouro nas serras mineiras, o leite produzido pelos rebanhos destinados à alimentação dos pioneiros passou a ser utilizado nas fazendas, na fabricação do Queijo Minas.

Começava, já nesta época, a desenvolver-se uma das grandes vocações naturais Minas Gerais, a qual atingiu escala comercial, quando, em 1855, o português Carlos Pereira de Sá Fortes Contratou técnicos holandeses para uma fábrica de laticínios nessa região, iniciando-se a produção do chamado Queijo Reino, variedade semelhante ao Edam Holandês.

Com a vinda dos imigrantes italianos, iniciou-se a produção dos queijos Muzzarella e Parmesão, no início do século XX. A partir de 1920, com a vinda dos primeiros dinamarqueses para Minas, o mercado passa a desenvolver-se de maneira acelerada. Nielsen, o primeiro deles, começa a fazer um queijo em fôrmas grandes, e os funcionários do governo, sem saber o que escrever nos autos de fiscalização registraram que o queijo parecia um grande prato. A partir daí, o nome foi adotado, e hoje esse queijo é o tipo mais vendido no país, no mais variados formatos.

Outros dinamarqueses vieram juntar-se a Nilsen: Pulsen, Sorensen, Bartholdy, Godffresen e Norremose, o qual conseguiram fazer o primeiro Camembert do hemisfério sul, o Luna-Dana. Esses imigrantes instalaram – se todas na mesma região do sul de Minas, ao redor da cidade serrana de Minduri, e deram à produção nacional de Queijos um nível de qualidade e desenvolvimento comparável ao dos melhores tipos europeus.